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Terry Haydn

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Como é que os professores resolvem situações quando não têm controlo da sala de aula?

Tanto as respostas às entrevistas como à sondagem (Haydn, 2012) sugerem que muitos professores têm que dar aulas embora não sintam que têm um completo e assegurado controlo, e não se encontram a trabalhar nos níveis 9 e 10 da escala (ver o Capítulo 1). Muitos professores reconhecem que por vezes tiveram grupos de alunos que não gostaram do ensino deles. Como é que os professores responderam a tal situação? Daí emergiu uma variedade de sugestões.

 

Estratégias de sucesso

‘Mude o formato da aula’

‘Eu altero a ordem das coisas. Faço a parte ‘divertida’ do início da aula no final da aula, como uma recompensa por terem cooperado… por terem sido razoáveis.’ (Professor recém-licenciado)

 

‘Com os piores grupos parei o ensino “clássico” no sentido de ter um tipo de apresentação ou uma introdução oral à lição. Eu não falo no início da aula. Quando eles entram, a actividade já está na mesa deles e eu digo-lhes o que fazer imediatamente. Mesmo com os grupos mais difíceis, alguns simplesmente fazem as actividades ou resignam-se e baixam a cabeça. Tal reduz o número de alunos que têm de ser controlados. Aí lido com cada um por nome, tentando persuadi-los e acalmá-los, e tento ter algo planeado como recompensa no final da aula… terminamos com um vídeo se….’ (Professor recém-licenciado)

 

‘Eu costumava usar a uma série de planilhas, tarefas fáceis como preencher as palavras que faltam, coisas para mantê-los ocupados. Agora que sou mais experiente, provavelmente faria isso de outra maneira mas essa era a única maneira de conseguir chegar ao final do dia.’ (Sete anos a ensinar)

 

‘Caso seja uma quinta ou sexta-feira, no período 6, tenho que fazer mudanças radicais no meu planeamento. Existe uma diferença real em termos do que posso fazer com eles e o meu planeamento tem que levar isso em conta. Basicamente desenvolvemos um melhor entendimento do que é a escola do ponto de vista deles. Muitos deles já estão fartos, não querem estar na minha aula, querem ir para casa, estão ansiosos para brincar com os amigos e ir socializar. O professor tem que fazer um esforço tremendo para fazer da aula algo realmente estruturado e propositado, ou tentar realmente ter algo que possa interessá-los, que lhes chame a atenção, pelo menos tentar planear um pouco de diversão ou interesse na lição, mesmo que isso signifique incluir outras actividades fora do conteúdo.’ (Professor recém-licenciado)

 

(Vários professores mencionaram usar trechos de vídeos que se ‘se apliquem’ como meio de navegar pela lição com os grupos mais difíceis).

‘Não páre’

“Aprendi que temos que reagir a algumas coisas com uma pitada de sal. Com alguns grupos, temos que deixar passar algumas coisas e simplesmente reagir aos problemas mais sérios.’ (Professor recém-licenciado numa escola difícil)

 

‘Com alguns grupos, continuo a lição, continuo a menos que haja uma grande barbaridade. Às vezes, eles abrandam um pouco quando percebem que não estou a reagir, que continuo com a lição, e eles simplesmente baixam a cabeça e debruçam-se sobre a mesa. Eu sei que a teoria é que eles pioram até descobrir o limite do professor, mas isso não me parece ser a norma.’ (Professor recém-licenciado numa escola difícil)

 

‘Eu ainda ignoro algumas coisas, não é possível reagir a tudo, mas a única coisa que considero um ponto fulcral é – não falarem quando eu estou a falar. Mas se eu começar: “Porque é que não tens a tua gravata?”, “Coloca a pastilha elástica no lixo imediatamente”, “Tu, pára de bater com a régua”, “Tu, pára de te balançar na cadeira”, “Vira-te agora” … tornam-se prioridades, a arte do possível, um passo de cada vez.’ (Terceiro ano de ensino)

 

‘Eu aprendi a enfrentar o dia. Por vezes temos que ignorar algumas coisas… por vezes ignorar até mesmo algumas das regras básicas que estamos a tentar estabelecer… porque é um daqueles dias em que fazemos o melhor que podemos. Temos que continuar, não parar, concentrarmo-nos nas crianças que estão a aprender e a obedecer, mesmo que estas não sejam muitas.’ (Orientador)

 

‘Fique calmo’

‘É importante não começar a ficar irritado com todos os alunos simplesmente porque estamos sob pressão. Devemos ser educados, calmos e razoáveis mesmo que não nos sintamos assim por dentro. Alguns dias é preciso ter a paciência de um santo e não se deixar influenciar… não levar as coisas a peito.’ (Professora recém licenciada)

 

‘O maior desafio foi aprender a manter a calma sob pressão. Não deixar que eles me irritem. Aprendi quase por acidente quando uma manhã cheguei à aula realmente cansado e não me sentia muito bem. Não desisti, não deixei que eles fizessem o que queriam mas talvez eu estivesse um pouco mais relaxado e eles não me desafiaram tanto.” (Segundo ano de ensino)

 

‘Eu sei que não deveríamos fazer isso, mas às vezes eu saio da sala por um minuto… não muito longe e com uma desculpa… mas por vezes deu-me a oportunidade de compor-me, acalmar-me, reunir as minhas reservas para outra rodada.’

(Terceiro ano de ensino numa escola difícil)

 

‘Lembro-me o que o Bill Rogers escreveu sobre lidar com as coisas que podemos controlar, não com as coisas que não podemos controlar. Eu esforço-me por manter a calma, mesmo quando provocado, esforço-me para não reagir. É possível fazer um esforço mental para não ficarmos irritados ou chateados ou arreliados e isso ajuda-me.’

(Professor recém-licenciado numa escola difícil)

 

   Algumas das estratégias de sucesso soaram tão filosóficas quanto práticas. Uma vertente disso é lembrar que (geralmente) muitos professores têm dificuldade em chegar ao nível 10:

 ‘Eu tive um dia péssimo e o meu orientador aconselhou-me a dar uma caminhada pela escola durante uma aula quando eu não estava a ensinar. Eu vi os outros professores a passarem por momentos difíceis e isso fez-me sentir muito melhor.’

                                     (Estagiária)

 

‘Nós temos problemas com o comportamento. Temos algumas crianças adoráveis ​​mas também uma pequena minoria que são realmente difíceis. Eu tive que deixar de levar as coisas tão a peito, para perceber que não me acontece só a mim, não é pessoal. Vejo outros professores mais experientes com problemas e isso faz-me sentir melhor.’

(Professor recém-licenciado numa escola com “fragilidades graves”)

 

‘Nós preocupamo-nos mas se formos sensatos, falamos sobre os problemas, sobre os alunos que fazem coisas em particular para causar problemas, isso geralmente ajuda a por a situação em perspectiva. Pode não oferecer uma resposta mágica, mas percebemos que não é tão imenso, que não está além dos parâmetros do que acontece com os outros professores…’

(Formador de Professores)

 

    Um professor de Aptidões Avançadas mencionou o quão importante é tentar não ver as coisas como uma crítica pessoal quando os alunos se mostram agressivos e mal-educados e o quão difícil isso é:

 

‘É demasiado difícil não levar as coisas a peito, não pensar que o comportamento terrível dos alunos poderia ter sido evitado ou minimizado de alguma maneira pelo professor. Mesmo depois de tantos anos eu ainda levo coisas a peito, mesmo quando digo aos professores menos experientes que não o vejam como uma crítica pessoal. É essencial para o nosso bem-estar psicológico nesta escola mas isso não quer dizer que seja fácil de fazer.’

 

    ‘Manter as coisas em perspectiva’ também foi sugerido como uma estratégia para lidar com o comportamento insatisfatório dos alunos, e o défice na escala de 10 pontos. Levar em conta que o Nível 10 não é o estado natural das coisas e que muitos dos alunos com problemas têm tendência a portar-se mal e a ‘experimentar’. Ao entrar no mundo das salas de aula, o professor está num sentido a deixar o mundo dos adultos com as suas convenções geralmente aceites e bem desenvolvidas e entrar num meio ambiente onde muitos dos habitantes ainda não perceberam e interiorizaram essas convenções, e parte do trabalho do professor é ajudá-los a chegar lá:

 

‘Não ter o controlo completo de uma lição não é um bom sentimento, mas o professor deve manter as coisas em perspectiva. Não desistir, não parar de tentar mas também continuar a sua filosofia de que as coisas não necessitam ser perfeitas. Não pensar que a vida nunca mais vai ser a mesma porque a turma 8R não esteve completamente sob o seu controlo.’

(Formador de Professores)

 

‘Alguns deles (professores) parecem ter a capacidade de não deixar que as coisas os atinjam… de pensar depois de uma aula péssima ou depois de um dia intenso… amanhã vai ser outro dia, aprender a ser flexível. Não desistir, não parar de tentar, mas não cismar de forma negativa e passiva.’

(Professor Assistente)

 

‘Alguns professores demonstraram ser bastante profissionais… sempre calmos, educados e tranquilos mesmo sob pressão. Alguns deles também conseguiram esquecer tais incidentes depois destes terem acontecido… deixá-los para trás e dar início à próxima lição.’

(Professora Assistente)

 

    Pode ser de ajuda pensar em termos de uma ‘Escala de Richter’ no que concerne a barbaridades cometidas pelos alunos e tentar manter as coisas em perspectiva:

 

‘Eu penso nas atrocidades que acontecem pelo mundo… o 11 de Setembro, decapitações, terrorismo, assaltos – ou mesmo as coisas que acontecem nesta escola, e na grande escala das coisas o facto de que um miúdo pequeno não quer fazer uma actividade não parece ser um problema tão grave. Continuo a ter que tentar o meu melhor para resolver a situação do melhor modo possível mas sob essa perspectiva já não me parece uma situação tão desesperante.’

(Professor recém-licenciado numa escola difícil)

 

Tirado de Haydn, T. (2012) Gerir o comportamento dos alunos: trabalhar para melhorar a atmosfera dentro da sala de aula, London, Routledge Falmer: 96-99.

 

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